quinta-feira, 1 de julho de 2010

NÃO EH UMA PENA..


Noutro dia, disse a uma amiga que a gente sabe quando será a última vez que vemos alguém. Não sei qto a vcs. Mas eu sempre soube escutar o silêncio do adeus iminente. Ele acontece num carinho diferente, num abraço ou numa simples frase: "que bom que a gente proporcionou prazer um ao outro". Poderia passar batido. Poderia soar como algo romântico. Mas não foi. No fundo, eu sabia o que aquilo muito provavelmente queria dizer. Podia ser inconsciente. Mas era uma manifestação. Seja ela qual fosse. Simples. Era.
Nas últimas vezes que nos falamos a despedida estava latente e não nos proporcionamos o tal prazer. Apenas o de jogar conversa fora. Mas não era mais a mesma coisa. Existe uma confluência quando a gte quer muito o outro. Mas quando já nao desejamos mais aquilo que pensamos desejar durante tanto tempo, surgem as questões. E a questão pra mim já era o que eu estava fazendo ali. Por que ainda estava jogando uma partida perdida.
Dali a dias, aconteceria o game over.
Provoquei uma resposta que não veio objetivamente. Mas, nas entrelinhas a ouvi. E por mais estranho que pareça, junto veio um alívio. Agora é 100% não. Mas 100% sim.
Nas últimos semanas me diverti muito. Tive dezenas de boas tardes de sexo, que por incrivel que pareça fora intensas. Chegamos a fazer planos para concretizar isso tudo. Pensamos muito em muitas coisas, em planos para um futuro. Quando, na verdade, eu sabia que nem havia presente.
O passado, no entanto, foi bom. Mas me sinto liberta de alguma forma. Liberta da necessidade de ter alguém pra conversar segredos. Liberta do SE. Pq SE é uma tormenta lenta, um maremoto que chega sorrateiro e nunca vai embora. SE é um talvez sem chance de sim. Entoa, pra nao ser exato, pq ser inóquo?
Este não é um texto de mágoa. Mas de constatação. Não é de desilusão. Mas de reprogramação. Quero um tempo só meu. Só pra mim. Me sinto num renascer. Com um profundo amor por mim e pelas coisas que conquistei e pela pessoa que me tornei. Não quero virar as costas pra mim e pras coisas que sinto. Mas tb não sei se quero abrir a guarda tao cedo outra vez. Um dia de cada vez. Um só por hoje para as coisas que não estao legais. Os doze passos pra felicidade plena. E um adeus sincero ao que já não faz parte da vontade.
Que a próxima última vez seja pra recomeçar do ponto de partida. Agora me sinta plena co quem amo. Tudo o que foi, mesmo sem ter sido tudo, foi válido.
Acabou.
Mas não é uma pena.

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