quinta-feira, 27 de maio de 2010

UM AMOR E UMA CABANA?



Cínica?
Sem um pingo de romantismo correndo nas veias?
Pode até ser...
Mas realmente não entendo o que se passa na cabeça de um ser que acha que amor resolve todos os problemas. Que acredita em príncipes encantados. Que veja sua cara metade a cada novo namorado...

Primeiro: Amor não resolve problema de ninguém. Principalmente num mundo onde amor, paixão e tesão se confundem completamente na mente das pessoas! Amor é algo tão bom, mas tão bom, que sozinho se basta e seu único desejo passa a ser que o outro seja feliz (o que não inclui você mesma, necessariamente...). Já paixão e tesão são mais mundanos, prazeirosamente egoistas. Amor é sublime, e nos enleva, nos faz desejar ser melhores e oferecer o que há de melhor no mundo, seja materialmente, seja emocionalmente. Amor nos desperta para o outro, para a existência do TU, e para toda a complexidade envolvida nessa descoberta. E amor não pode descrito, apenas sentido. Quando falamos de amor tudo que conseguimos é um reflexo pálido e vulgar do que verdadeiraente sentimos.

Segundo: Principes encantados não existem, principalmente com o fim da Monarquia... pois é não vivemos numa monarquia mais... ¬¬ E encantamento pra mim, tá mais prá amarração (algo pavorosamente burro e comprovadamente estúpido de se fazer - desculpem a franqueza...). Homens são homens. Ponto final. Simples assim.
Tem defeitos irritantes e insuportáveis.
Tem qualidades apaixonantes e extremamente atraentes!
Simples assim. E acredite o casamento não transforma Shrek em Principe (assistam a animação novamente, sim?). O cara mal-educado (com hífen ou sem hífen? Bem como aina não em adaptei a nova norma vai com hífen mesmo!), bem ele continua mal-educado. O grosseiro continua grosseiro. O gentil continua gentil. O carinhoso continua carinhoso e assim vai.
E não vem com aquele pensamento infantil de: "depois ele muda" que nem ele nem você mudarão tanto assim! E depois de alguns meses acordando todos os dias ao lado daquele peste que não muda aquele defeito detestável, um novíssimo divórcio entrará nas estatísticas e engordará o bolso de algum advogado...
Se você não aceitar que seu Sherek é daquele jeito mesmo: grandão, forte, carinhoso, protetor, honesto e um poço de grosseria quando quer, sua felicidade conjugal terá sido destruída antes mesmo de ser construída... E saiba que o príncipe, apesar de um gentleman nunca pulará no pescoço daquele babaca que te importuna na night! Ele detesta escândalos, lembra-se?
Então se você ama algum desses personagens, ou algum outro, sinta-se livre para amá-lo, mas aceite os defeitinhos dele e seja muito, muito feliz.

Terceiro: Não vou nem comentar como o novo namorado sempre parece ser melhor que o último traste que encaramos... Síndrome da Novidade. Mas cara metade? Fala sério que alguém ainda acredite nisso em plena Era da Informação! Sorry, eu não sou metade de ninguém, sou inteira, inteirinha aqui, verso e reverso, desse jeitinho mesmo, confuso, metamorfo, adorável e delicadamente desastrada!
A não ser que você tenha apenas 23 cromossomos (o que justificaria dizer que é apenas a metade...) você também é inteirinho e totalmente complexo. E quem quiser ficar contigo terá que compreender essa difícil e maravilhosa realidade: você não depende de ninguém para ser feliz! Mas gosta muito da idéia de dividir essa felicidade com alguém, afinal felicidade dividida multiplica-se, não?
É tudo uma questão de escolhas, ambos tem idéias em comum (ou não!), desejam um ao outro, e tem muito a aprender e ensinar. Você escolhe quem tem ao seu lado, seja príncipe ou Sherek, ele foi sua escolha. Aceite isso. Ou aprenda a escolher melhor e, para isso, conheça-se melhor...

Então, não me venham com esse papo de amor e cabana, que sou uma Citygirl, de dedo-cinza e dependente de escadas rolantes, PC, internet e veículos com rodas...

Mas se for um bangalô no caribe como aquele da foto acima a gente pode conversar...

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