terça-feira, 8 de junho de 2010

CRENÇA...



"Eu quero saber como Deus criou este mundo. Eu não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero saber os pensamentos dele; o resto são detalhes."

[Albert Einstein]


Quando se pergunta a uma pessoa se ela crê em Deus, a resposta, com raras exceções, é afirmativa. Sim, ela crê em Deus.

Estranhamente, embora o expressivo número de pessoas que dizem crer em Deus, é igualmente expressivo o número dos desencantados, depressivos, desesperados.

Como se pode explicar que crendo em Deus, Pai amoroso e bom, que tudo vê, tudo sabe, tudo faz, a pessoa possa cair no poço da desesperança?

Talvez a resposta esteja na forma como cremos em Deus, ou somos levados a crer.

Albert Einstein, certa vez, em Nova York, num diálogo com o Rabino Goldstein, foi indagado se acreditava em Deus. Ele respondeu:

Tenho a origem judaica arraigada em meu interior. Acredito no Deus de Spinoza, que revela a harmonia em tudo o que existe. Não acredito, porém, que Deus se preocupe pela sorte das ações cometidas pelos homens.

Por causa desta declaração muitas polêmicas foram geradas entre Albert, físicos e religiosos. Muitos se apegaram a sua declaração para desenvolver protestos sobre as suas teorias.

Religiosos se manifestaram, dizendo que a Teoria da Relatividade deveria ser revista. Diziam que por trás de toda a controvérsia daquele físico, estava o terrível fantasma do ateísmo.

Que ele disseminava dúvidas com relação à presença de Deus sobre a criação de todo o Universo e as criaturas.

A resposta do físico foi serena, embora para muitos tenha continuado incompreensível.

Ele dizia que sua religião consistia na admiração pela humildade dos Espíritos superiores, pois esses não se apegam a pequenos detalhes, ante os nossos Espíritos incertos.

Dizia: Por esse motivo racional, diante da superioridade desse Universo, é que localizo e faço a idéia de Deus. Não sou ateu.

Quem quer deduzir isso das minhas teorias científicas, não fez por entendê-las.

Creio pessoalmente em Deus e nunca em minha vida cedi à ideologia ateia. Não há oposição entre ciência e religião.

O que há são cientistas atrasados, com ideias que não evoluíram, com o passar do tempo.

Vejo na experiência cósmica uma religião nobre, uma fonte científica para profundas pesquisas.

Procuro entender cada estrela contida nesse imenso Universo, que não é material.

Quem assim não procede, sentindo essa estranha sensação de querer levitar no infinito, realmente não sabe viver, porque está morto, diante de tanta beleza divina.

Há muitas formas de o ser humano crer em Deus. Há, para muitos, o Deus jurídico, legislador, agente policial da moralidade, que, através do medo, estabelece essa distância da verdadeira crença.

Deus está em todas as minhas teorias e invenções. Ele está presente em tudo e creio que em todos, até nas formas mais primitivas.

Essa é a minha religião e o Deus em que creio.

* * *

Se assim dizia, assim viveu. Albert Einstein foi o exemplo do cristão autêntico, preocupando-se, de forma constante, com seu semelhante.

Ainda dois anos antes de sua desencarnação, foi comemorado seu aniversário numa grande festa pública.

Tudo o que lhe foi dado como presentes, Albert transformou em dinheiro e enviou para os fundos da Faculdade de Medicina Albert Einstein.

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