sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Férias



Um rede me embalando, uma sesta, uma sombra, uma lua cheia nascendo no mar, eu e meu amor acordando num azul imenso na primeira hora da manhã e a felicidade se instala do meu lado, como cúmplice, divide o tempo comigo e rimos de qualquer bobagem.
A esperança passeia comigo no fim de tarde e catamos conchinhas.
Volto de férias com os olhos acostumados com amplidão, aquele mar sem fim, me tiram do prumo da maneira mais saudável possível.
Volto do mar com o corpo relaxado, sem espaços delimitados, sem obrigações, basta uma semana sem conexão e já sou outra, já brinco na areia, me atiro na onda, sou criança tranquilamente e sou livre.
Volto livre pra cá e logo preciso me acostumar a ter horários, a checar e-mails e respondê-los, a atender celulares, a colocar roupas a mais, a olhar pra atravessar a rua, a prestar atenção, a correr, a pagar contas, tenho que aprender a ter pressa e delimitar a visão.

Por pura necessidade, aprendi um jeito de deixar o corpo continuar em férias por mais tempo: Havaianas e vestidões.

Posso alugar a cabeça e as mãos, mas meus pés e meu corpo permanecendo em férias, tenho garantida esperança e a felicidade sorridentes por mais tempo, até a próxima brisa beira-mar.

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